Sondagem Simples de Reconhecimento de Solo - SPT - é um tipo de investigação do subsolo, bastante utilizado na construção civil, também conhecido como Sondagem à Percussão, que tem como objetivo conhecer o tipo de terreno (argila, areia, rocha e etc.), as camadas que constituem os solos, suas resistências, nível do lençol freático e outras características que permitirão definir e dimensionar o tipo de fundação mais adequado da obra ou até mesmo, decidir pela necessidade de estudos geológicos mais aprofundados.
É necessário fazer sondagem no terreno antes da construção para não depender do fator sorte e não colocar em risco a qualidade da obra. Assim, uma das primeiras questões a ser resolvida é o reconhecimento do subsolo, pois será este que suportará a carga da obra projetada, independente de sua altura.
Sem fazer a sondagem não se conhece o terreno do ponto de vista da construção civil e consequentemente, a opção pelo tipo de fundação e seu dimensionamento não estarão corretos, gerando custos adicionais tanto pelo superdimensionamento das fundações, como pelo surgimento de problemas de difícil recuperação dos insucessos ocasionados no subdimensionamento e tipo das fundações executadas.
O engenheiro projetista deve orientar sobre a ordem dos trabalhos de topografia e sondagem, mas normalmente é com base no Levantamento Planialtimétrico e Estudos de Projeto específico para o local, que se determinam os pontos mais adequados à serem sondados, com utilização da mesma referência de nível (RN)  da topografia para as cotas de boca dos furos de sondagem.
O engenheiro projetista deve determinar a ordem dos trabalhos a serem executados de sondagem e terraplenagem, mas normalmente é executada a sondagem antes de qualquer movimento de terra, pois pode haver alguma situação em que devido ao resultado das sondagens o projeto tenha que ser reformulado, tal como a descoberta de rocha ou nível do lençol freático em profundidade não esperada.
O tempo para execução de uma sondagem à percussão depende da obra, do tipo de terreno encontrado e também da quantidade de pontos à serem sondados, mas como referência, podemos dizer que em campo, cada equipe de sondagem executa em torno de 30 metros de perfuração por dia de trabalho normal. Posteriormente, temos o tempo de análise das amostras por geólogo especializado e elaboração dos desenhos dos perfis e da locação dos pontos de sondagem. Como exemplo, uma obra com 3 a 5 pontos de sondagem, terá um prazo de execução e entrega dos relatórios em torno de 10 a 15 dias.
A sondagem à percussão é realizada com auxílio de uma torre (tripé), com altura em torno de 5 metros com um conjunto de roldanas e cordas, que auxiliará no manuseio da composição de hastes por força manual  e para abertura desta torre é necessário uma área de aproximadamente 5 m x 5 m e largura mínima de 2,50 m para manter estabilidade deste conjunto e manuseio das ferramentas.
A profundidade de um furo de sondagem depende da obra e do tipo de terreno encontrado, mas a definição desta profundidade será orientada pelo engenheiro projetista das fundações, geotécnico ou consultor de solos, que com base nas normas brasileiras (ABNT) e características do projeto e suas cargas, fornecerá antecipadamente o critério de paralisação das sondagens, através de parâmetros limitadores das perfurações.
Cada projeto tem suas características específicas, então para que as sondagens sejam executadas de maneira que atendam estas peculiaridades, em consonância com as normas brasileiras (ABNT), o responsável técnico pelo estudo das fundações, define os parâmetros limitadores da perfuração e reconhecimento do subsolo, que pode ser de muitas formas, como exatamente pela profundidade, pelo tipo de solo encontrado, pela sua resistência, pela presença do lençol freático, pela somatória das resistências dos solos encontradas ao longo da perfuração e etc.
SPT ( Standard Penetration Test )  é a abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à penetração, cuja determinação se dá pelo número de golpes correspondente à cravação de 30 cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se corda de sisal para levantamento do martelo padronizado.
Cada projeto tem suas características específicas, então para que as sondagens sejam executadas de maneira que atendam estas peculiaridades, em consonância com as normas brasileiras (ABNT), o responsável técnico pelo estudo das fundações é quem deve determinar a quantidade e a posição das sondagens.
A NBR 8036, no item 4.1.1.2 estabelece:
“As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200m2 de área da projeção em planta do edifício, até 1.200m2 de área. Entre 1.200m2 e 2.400 m2 deve-se fazer uma sondagem para cada 400m2 que excederem 1.200m2. Acima de 2.400m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:
a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200m2;
b) três para área entre 200m2 e 400m2.

As normas brasileiras relativas as sondagens à percussão, conforme a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, são as seguintes:
NBR 6484 – FEV 2001 “Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio”
NBR 6502: 1995 – “Rochas e solos – Terminologia”
NBR 7181:1984 – “Solo – Análise granulométrica – Método de ensaio”
NBR 8036:1983 – “Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios – Procedimento”
NBR 13441:1995 – “Rochas e solos – Simbologia”

O valor da sondagem em média, custa menos de 0,5% do valor total da obra e traz a segurança do investimento aplicado, mas… “A sondagem mais cara é aquela que não foi feita!”, pois pode refletir em custos posteriores para reforços nas fundações já executadas. 
Fontes: ABNT - Publicações e anotações diversas